quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Raiva

 


sei que falo muito sobre minha mãe aqui no blog, mas é que eu e ela temos visões diferentes das coisas. eu nunca convivi muito com a minha mãe. Como já disse em outros posts eu passei a parte da minha infância com morando com a irmã dela mais velha. / que foi a pior que coisa que me aconteceu/ 

e quando estava com 13 anos, morei sozinha dos 13 aos 21 por aí. Sempre foi assim, desde que em entendo por gente. as desculpas da minha mãe sempre foram as mesmas: não posso eu trabalho/ eu vou trabalhar/ estou cansada do trabalho/ eu trabalho/ eu trabalho. 

pensava eu: poxa ela é mãe solteira, é importante ela descansar. Até que chegou alguns eventos traumáticos como: eu queria não voltar mais pra casa. Eu não gosto de vir pra cá. 

eu nunca fui uma filha modelo. Mas não me considero uma filha ruim. Não usei drogas, nem sai com vários caras, e nem enchia a casa dela de macho. Pelo contrário, o homem que perdi minha virgindade eu estou casada com ele. 

nunca entendi porque tanto descaso e ódio.

quando cheguei na fase jovem. conhecemos a história da depressão, borderline, cortes, tentativas de suicídios. eu inocente achei que ela iria ser uma mãe mais próxima. 

durou alguns meses. 

logo o " Oi tudo bem filha? Você está bem?" Mudou para " Eu estou cansada do trabalho!". O "tchau filha" se tornou, bater a porta e não falar nada. 

Seca. Amarga. Oca. 

Uma vez minha psicóloga disse que a gente dá o que tem para oferecer, e ela não tem nada. 

xx

Atualmente nossos pequenos atritos tem sido pelo fato dela "supor" que está trabalhando por minha causa. Sendo que em nenhum momento eu pedi isso. Eu já estava me preparando para sair daqui, quando ela deu o chilique dela. O incomodo dela, é que eu estou aqui, e ela está trabalhando, provavelmente. 

Isso vai mudar em breve. Me pergunto se ela vai querer conversar, e eu vou dizer: Estou cansada do trabalho. Será que vai ser assim? Será que ela vai gostar de eu colocar toda a culpa no "trabalho"? 

Novamente digo, ela é uma progenitora excelente, mas mãe? Bom, aí já é outras coisas. Ser mãe, é uma coisa que eu e ela temos na cabeça bem diferente. Ela acha que ser mãe é dinheiro. Eu acho que ser mãe é amor e cuidados. 

Não adianta você dar um presente caro, se você não sabe falar eu te amo. Sinceramente, o presente caro não tem valor algum, perto de um eu te amo. Perto de um "Está tudo bem?".

Mas ela não está pronta para essa conversa. Porque provavelmente seria como várias conversas que tivemos. Ela iria se fazer de vítima, e eu estou cansada demais para gente que não amadureceu a mente e entendeu sua parcela de culpa nas coisas. 

Eu entendo minha parcela de culpa de coisas que fiz. E todo dia tento reparar, mas obviamente a senhora não entende que se vitimizar não adianta absolutamente nada. 

Então ok. 

2 comentários:

Gugu Keller disse...

Convir com viver conviver eis o quê.
GK

Lua disse...

Isso foi bem profundo.