Eu tinha uma arma que construí com muito esforço. Se chamava bloqueio emocional. Eu basicamente construí uma parede entre mim, e alguma pessoa que possivelmente poderia ser um "problema" no futuro.
Mas sabe quando você que está caminhando no escuro, e que pode cair a qualquer momento, mas está gostoso aquele local. Então... Eu quis "pagar" pra ver. Hoje estou pagando, não é culpa de ninguém, é minha culpa. Só minha.
Não. Eu não confiei em ninguém. Eu apenas abri aquela maldita porta. Mas em si não confiei em ninguém, porque no fundo eu sabia que não ia dar em algum lugar. Estou com tanta dor de cabeça agora, sinto que ramos de plantas venenosas estão crescendo dentro do cérebro.
Enquanto estava no banho, a água morna batia na minha nuca. Eu via uma ponte, uma ponte muito alta. QUEDA LIVRE. Eu podia sentir o vento nas minhas bochechas. Eu fechei o olho, e mudei de posição, como se agua do chuveiro fosse gotas de chuva quente, pudesse me levar para longe desse pensamento.
Flerto com algum objetivo afiado, mas sempre dou de cara com aquela velha promessa empoeirada em cima da estante: Nunca. Nunca faça isso por algum motivo desse.
Então desisto, e faço outra coisa. O ruim de você sentir muita coisa ao mesmo tempo. O ruim de você ser neurótica, psicótica, louca, é que isso não pode transparecer NUNCA. Você sempre tem que manter a pose de mulher concentrada, forte, ciente, mesmo que quebrada, mantenha o "nível".
Então eu corro. Corro o mais longe possível, se eu pudesse eu corria para fora do planeta. Num lugar isolado, aonde eu pudesse ficar embaixo de uma árvore apenas olhando o tempo passar. Enraizar ali, fazer dar árvore minha morada e meu túmulo. Pelo menos eu poderia ver a lua por uns bons anos.
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