domingo, 3 de dezembro de 2023

Termo de Responsabilidade

 


dei uma sumida, eu sei... Novembro foi um mês meio doido, não sei como tudo aconteceu e se desenrolou, mas consegui sobreviver a ele. 

Sexta-feira iniciou Dezembro. Último mês do ano, contagem regressiva para acabar o ano de 2023. Vocês também fazem um tipo de “balanço” para ver o que aconteceu e mudou na vida de vocês? 

tem vários anos que eu não faço aquelas promessas doidas. Porque já estava cansada de falhar em todas. Eu estava apenas deixando a vida seguir seu curso. 

eu termino o ano empregada. 

sim. O meu último post foi sobre isso. depois de ficar 4 meses entregando currículos, e andando em vários lugares, e mandando currículos em sites, eu consegui uma vaga. 

as coisas imprevisíveis. Nunca foi sorte, sempre foi Deus. 

eu sempre tive um grande problema na minha área digamos de trabalho.  Nunca me senti uma pessoa comum. Não tinha emprego, não tinha renda fixa, não tinha nada. É como um caixa vazia. 

me perguntava se um dia minha mãe falecesse como eu poderia me manter. Pois sempre estava escondida atrás das minhas vergonhas e culpas. 

mas ano passado conversei com a psicóloga sobre minha liberdade financeira. Falei sobre meus traumas e medos. e como tudo isso me afetou de uma forma muito forte. E eu não sabia como recomeçar. 

 então veio o curso. e depois tinha que terminar, eu não tinha a opção de deixar ele. Porque se eu simplesmente abandonasse, isso só iria comprovar que eu não tenho intenção de mudar.

Terminei. então foi a busca do emprego. Recebi diversas indiretas da minha mãe. Ela foi ignorante e estúpida várias e várias vezes. e eu me agarrava a um sonho aonde eu pudesse ser normal e enfrentar os problemas da vida, sozinha. 

imaginava minha mãe me respeitando por igual. E não me vendo como um peso. Como um troço que fica ali parado. eu queria que ela me olhasse como ser humano. 

eu não ia contar para ela que tinha conseguido. Ia contar apenas no dia que eu chegasse do trabalho. mas não me contive. Era uma coisa muito importante e gigante na minha cabeça. 

Eu tenho todos os esteriótipos de uma pessoa borderline. Abandona as coisas✓ Tem medo de abandono ✓ Montanha russa de sentimentos ✓ sempre se sabota ✓ e assim vai. 

quando eu sou forçada a quebrar um padrão que eu repito muito, é uma coisa muito difícil, porém gratificante. Ou seja, vem a fase desagradável para depois vir a fazer boa. 

igual o primeiro dia de curso, e os primeiros meses. 

agora eu penso: termo de responsabilidade, trabalho não é igual um curso ou alguma coisa que você simplesmente pode dizer — ah não vou.

É bem diferente. São raras as pessoas que faltam no seus empregos, que fazem alguma coisa que afetam eles assim diretamente. minha mãe nunca falta no trabalho dela, o meu marido também não. Pode estar caindo canivete, eles vão.

eu fico muito impressionada. Porque não é uma coisa que eu me imagino fazendo, eu tenho medo de chuva, eu não gosto de calor, eu tenho problemas para me comunicar com algumas pessoas. ( ou certos tipos ) 

mas eles conseguem enfrentar, milhões de coisas e ir. todos que conseguem fazer isso, eu fico muito impressionada. E feliz, por vocês. É horrível se sentir fora da caixa. Como se você fosse um ser de outro planeta. 

mas é isso, vestir meu corpo de humana normal e seguir em frente, depois do horário eu posso voltar a ser a velha e cansada e Lua.

6 comentários:

Roxy disse...

Lua!!! Um emprego bem no final de ano é algo maravilhoso! A independência financeira não tem preço. Digo isso sendo uma pessoa que sempre trabalhou, desde os 17 anos.

Parabéns pela conquista! E quando estiver mais a vontade, nos conte sobre o trabalho novo. ♡

Sempre torço por ti. ♡

Gugu Keller disse...

Antes doido do que doído.
GK

Lua disse...

Muito obrigado Roxy 🩵
Acredito que sim! Minha mãe começou a trabalhar com 17 também.

Lua disse...

COM CERTEZA! GG

Anna Williams disse...

Tudo de bom pra você! Estou já imaginando como será positivo pra você o futuro próximo. Vou te imitar e também não vou fazer as promessas para o ano novo. São anos prometendo e eu continuo na mesma emvários sentidos, inclusive continuo de uma certa forma deixar que as pessoas me causem sofrimento. As vezes quando leio seus relatos eu me pergunto se eu não sempre me afastei de casa por ter medo do relacionamento com minha mãe jamais ser o que era com o meu pai. Ele era mais quieto, assim como eu e ele tinha mais coisas em comum comigo. O amor é o mesmo, mas o relacionamento era diferente e eu nunca conseguí ter isto com minha mãe. Eu me sinto meio culpada por reclamar dela porque o lado bom dela compensou bastante o lado ruim, mas eu sinto que não estou sozinha nas dificuldades e sua sinceridade ajuda muito porque caminhar ao seu lado, mesmo distante, é um privilégio. Sou sua fã. Um dia quando ou se voce resolver publicar um livro, eu vou querer a cópia autografada.

Lua disse...

Aí que linda 💓💓💓💓💓💓💓
Me emocionei com o seu comentário.