Nada mudou. Você é continua sendo uma garota burra, péssima em artes, sem dominio próprio. Acorde. Limpe suas escrivaninha, tome seus remédios, force um sorriso... Talvez ele falará com você hoje. Talvez note a sua blusa nova.
Escrevo cartas de amor, que ninguém vai ler. Peço ajuda para algo invisível, que eu mesma as vezes tenho vergonha de dizer as coisas que faço. A vida aqui tem limite, tem hora e tem fim. Será que o meu tempo acaba aqui?
As aranhas brancas vão me buscar. Saíram de suas tocas roxas, e vão tecer um belo sarcófago para mim. Eu levarei poucas coisas comigo. 1. Saia jeans preta. 2. Minha aliança. 3. Foto dela. 4. Foto dele. 5. Carta que minha mãe escreveu. 6. Eu uma foto linda dele sorrindo.
Diga para mim que eu não sou um erro em meio á uma sociedade que espera perfeição. Diga. Diga que aquela ponte não pode me machucar, como machucou naquele Outubro.
Fecho meus olhos, sinta a água bater nas minhas costas. Estou vendo nós, estamos juntos, mas ele não olha para minha cara. Ele vai pular. Eu vou com ele. Tudo vai acabar. Lágrimas vermelhas se brotam no meu rosto. O meu tempo está acabando, fecho os olhos e escuto um barulho.
Não pulei. Mas ele....
Nós fomos insuficientes para eles. E enquanto para ele foi uma ponte a saída. Para mim é uma cadeira. Então quando você ler isso, saiba que a Lua estará um dia frente a frente com uma cadeira. 🪑
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