Parada na rua

 

Eu fui ao médico hoje como eu havia dito no post anterior. Tinha ginecologista na nesta quarta - feira, era leitura dos resultados dos exames. As mamas estão ok, os ovários ela disse (nada demais) mas no exame de hormônios deu prolactina em níveis aumentados (64). Eu fiquei meio aérea quando ela disse que eu tinha que ir num neurologista. E me explicou algumas coisas que eu só não vou explicar aqui por medo de falar algo errado. Mas pelo que li na internet pode ser 1. Os medicamentos que eu tomo estão desregulando isso 2. Tumor. 

Eu não sei o que sentir ou que falar sobre isso. Somente estou no aguardo de Deus. Pela primeira vez vi minha mãe de boa com a minha saúde. Ela quis saber, mas não perdeu o sono. Ela não me dá um abraço, e nem um beijo. O mínimo de contato é o que ela prefere. Eu sou imensamente grata a ela por todo o suporte que ela me dá financeiramente. E isso prova que ela é uma ótima mãe. Mas eu não tenho uma relação de mãe e filha com ela. E olha depois de hoje, eu não vou ter mesmo.

Eu estou assustada. E gostaria de ouvir alguma palavra dela, porém, da minha mãe sempre espere o somente o apoio financeiro. — eu te dou o que você precisa, mas não me peça para te amar... 

É uma pena... Porque eu amo muito ela, e sinto que faço muito, muito pouco por ela. E que tenho lutado pouco mas lutado, para melhorar e ajudá-la. Eu tenho certeza que no fim ela vai exigir amor, e eu darei pois eu jamais faria o que ela faz. Não é assim que eu tenho agir, nós devemos ter amor mesmo quando a pessoa não tem conosco. Minha psicóloga diz que é o jeito dela amar que é diferente. Eu digo, que ela é apenas uma pessoa que não aceita errar. Então perder uma filha para suicídio, indicaria que a “criação” dela foi falha. Ter uma filha que não faz absolutamente nada, seria uma falha dela. Então ela concerta fazendo o que ela sabe fazer de melhor, trabalhar! Fugir. 

Porque se nós falamos sobre algo que está abalando o nosso relacionamento. Já é o suficiente para ela se vitimizar. E eu não aguento isso, ela fica me olhando com cara de cansada. Ela vai ficar bem, ela só não nasceu para ter nenhum filho. E já que ela tem, ela faz o que pode do modo dela. Enfim ... 

Agora o neurologista está para agosto, na primeira semana. Eu espero conseguir cumprir todos os meus compromissos. Aulas, médico, exames, tudo. E que tudo seja apenas um problema na medicação. Porque não quero sofrer em hospital.