Falhei muitas vezes, prometi coisas que não devia. Abri a boca e jurei, desejei, cobicei porém fui fraca. Eu senti o peso do erro, a falha estava em mim. Eu estava coberta de erros, entorpecida pela minha própria miséria. Você poderia me acordar quando chegar a minha última viagem?
Todos os dias eu rabisco os mesmos planos. Eu erro, alguns dias eu mantenho, outros eu pulo sem pensar duas vezes. Eu deveria abrir meus olhos. Eu deveria cortar minha garganta. Eu deveria me afundar. Eu deveria. Eu deveria. Chegar de pensar, eu preciso de uma ducha quente. Daquelas que lava a alma e tira toda podridão do corpo.
Minhas entranhas estão se contorcendo, elas estão pedindo comida. Vermes. É deprimente chegar aonde cheguei. Eu simplesmente deveria parar, mas eu consigo é difícil demais dizer não. Um dia eu vou apertar acorda forte demais, e o banco que me segura vai tombar. A cortina vai se fechar. E então o grande palco que é a vida, vai ter finalmente chegado ao fim.
6 comentários:
Querida amiga...
Este teu post fez-me lembrar de uma antiga canção, por nome "Sangue Latino", dos Secos & Molhados, fantástico conjunto de extremo sucesso nos anos 70 liderado pelo grande Ney Matogrosso. Vc a conhece? Em caso negativo, ouça-a. Creio que vai se identificar...
Força.
GK
O tom desta postagem, por mais poético e bacana que sejam as estruturas das frases e o seu vocabulário, me preocupou bastante. Está tudo bem? Eu tenho medo quando leio algo assim. O outro blog você não vai continuar? Dá notícias.
Oi Gugu não conheço não, vou colocar para escutar. Obrigada 💙
Está tudo meio esquisito Anna. Eu acho que tudo está bem, mas as vezes sinto uma turbulência. Não sei explicar... Obrigada pela preocupação.
💙
O outro blog eu coloquei para "autores" acho que não vou continuar com ele. Não faz sentido. Ainda dá pra vocês verem??
Nãp está mais dando pra ler não. Estou só neste aqui. Eu tenho um blog que eu uso praticamente como um diário porque não está aberto ao público. É uma boa forma de válvula de escape.
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