Hoje foi um dia bem merda. Daqueles que tem que ser escrito para outras pessoas lerem e entenderem que nem sempre o campo do vizinho é tão verde assim.
Acordei por voltas das 04:20, estava animada até achei esquisito. Usei uma roupa que até gostei. Peguei o trem cheio, e fui pra aula. Não fazia ideia do que se tratava a aula de hoje. Era uma dinâmica.
A recebi uma pergunta que me pegou totalmente desprevenida. E que acabou tocando num assunto sensível, que foi sobre o motivo de eu ter desistido do último curso que fiz. / Detalhe: a Professora não fazia ideia disso. / Eu só conseguia lembrar dos meus gritos quando soube do Felipe e a ponte.
Eu gaguejei, e disse — aí professora. Provavelmente ela achou que eu estava apenas nervosa. Então reformulou a pergunta e eu respondi de uma forma coerente. Mas eu fiquei abalada, e achei que ia ter um troço ali mesmo.
Okay até aí... +/-
Quando cheguei no terminal de ônibus. Apareceu a dita cuja, e que eu tenho ranço. Mas um ranço!!
— Oi linda, eu dona da loja Fransisquinha, trabalhamos com roupas G10 ao 70. Seja bem vinda tá..
A mulher é seca que nem um pavio. E eu nem uso g10 que é a numeração menor da loja. Que dirás 70. Que diabos que essa mulher tem na cabeça. Comecei a observar esse ser, e então vi que ela vai em apenas pessoas gordas oferecer os flys dela. E eu sempre tô com essa cara 🙄
Fiquei com muita raiva! Muita raiva.
Cheguei em casa destruída. Combalida. Daí minha mãe do nada, começa a procurar alicates de unha. Digo a ela que ela guardou, e continuo a conversa com meu marido. A mulher lá em cima dando a louca. Eu subi furiosa. Joguei tudo pro alto, procurando o tal alicate que falei que NÃO PEGUEI E QUE ELE NÃO PEGOU. Daí adivinha tava nas coisas dela. Eu gritei tanto. Tanto. Que eu não aguento nem olhar na cara de pau dela.
( Eu quero ir embora daqui)
2 comentários:
Eu acho uma falta de bom senso fora do comum se aproximar de uma pessoa e oferecer uma brochura de loja plus size. Da mesma forma como eu sou abordada aleatoreamente por pessoas que trabalham com assistência financeira aos pobres refugiados que vem de países africanos. Eu sei que as pessoas apenas pressupõem que eu sou pobre e que não tenho educacão formal ou emprego pelo fato de ser negra. Isto me enfurece. Além de tudo eu acho chato receber brochuras, papeizinhos de propaganda de qualquer espécie. Eu as vezes estou sozinha nos meus pensamentos no ponto de onibus e vem duas testemunhas de Jeová com a DESPERTAI e a SENTINELA em Noruegues. Eu sempre lí as revistas em Inglês porque eu tinha uma conhecida que dava cursos de leitura da bíblia e ela como TEstemunha de Jeová tinha acesso ás fitas cassete em ingles e ás revistas também. Desde 1993-1994. Depois comecei a ler online. Então quando elas me abordam no ponto de onibus, me fazem tirar os headphones para conversar e eu vou logo falando que já leio as revistas, mas que não tenho interesse em me tornar Testemunha de Jeová, elas me deixam logo em paz. Mesmo assim, meu... Pôrra, é chato demais. Imagino você em pé na sua, sem interferir no espacinho pessoal de ninguém e receber o tal flier da mulher. Muito sem nocão a pessoa. Sobre o alicate, aqui em casa eu todo ano compro uns 3 porque quando some eu mesmo sabendo que não peguei, eu recebo tanta enchecão de saco que prefiro assim que alguém comeca a procurar (alguém entre aspas porque é meu marido que faz isto) eu pego na gaveta um novinho e entrego e falo, ''agora com certeza você vai achar!''. A vida em conjunto é muito difícil. Eu muitas vezes queria fazer o check in em um hotel e ficar sozinha num quarto: lendo, assistindo séries Americanas, dormindo, acordando pra comer qualquer coisa, descendo a noite pra ir pra academia e repetindo o processo no próximo dia. Estou de saco cheio do mundo, sabia? Eu tenho muitos momentos bons com minha familia e em sala de aula com os alunos, mas eu não me sinto mais um bicho social, me sinto um bicho anti social que tem até antipatia de qualquer pessoa batendo papo alto no trem no celular só porque eu quero tirar uma madorna e ficar de olhinho fechado até chegar a minha estacão
Há dias em que todos os rostos parecem muros. E todas as palavras, murros.
GK
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