quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Por onde começar? ☕

 


são meia noite, tá um calor do krlh em qualquer lugar do Brasil. Tudo é desconfortável, mas o barulho da minha mente é pior ainda. 


Quando se é adolescente, você acha, cria na sua mente que vai ficar mais velho, logo terá uma casa, carro e família. Será bem sucedido. Porque você não ficou 11 anos da sua vida estudando, para ficar absolutamente sem nada.

Mas quando você vê os anos passando, todos os seus sonhos sendo esmagados. A falta de sorte. Falta de esforço também é claro. Tudo se desmorona fácil na sua cabeça. É questão de segundos você virar uma chave, e dar um basta em tudo. 

Acredito que foi que meu irmão fez. Ele queria o amor do pai, da mãe, ter a liberdade financeira dele. Talvez a cura. Queria ter contato com o mundo real, além daquele que a doença instalou na cabeça dele. 

Mas no fim quando todos, estavam ocupados trabalhando, comendo, indo para baladas, fazendo festinhas. Ele não tinha o que comemorar e nem com quem. Então a escuridão se apossou dele. 

Não é muito diferente do que aconteceu com milhares de pessoas. O suicídio se tornou algo tão comum, tão normal, que raras são as vezes que alguém acha chocante. Todo mundo está passando por guerras e nos nem sabemos. Uns piores que os outros, mas estão. 

Quando eu olho para o final de 2023, lembro que eu tinha muitas metas. Trabalhar. Aí iniciei a faculdade. E tudo desmoronou pouco dias do meu aniversário. Consegui outro emprego depois de algumas respostas estranhas. Mas... Não deu certo também. 

Eu me sinto como se eu fosse explodir. Fosse detonar, e todos os meus pedaços vão para o ar. Não existe sono bom. Nem saúde boa. Nem ossos bons. Existe dividas, existe dor, existe vazio, existe muita coisa contra do que a favor. 

Sabe que quando você pensa?! Hm, vale a pena tudo isso? E depois de analisar você cai na real que não compensa não. Mas continua a tocar o barco, ele tá caindo aos pedaços, vai afundar a qualquer momento. Mas você não quer ser a culpada de não ter tentado. 

É como dizem: “ Dar murro em ponta de faca ”.

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