quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Cobranças

 


Faz um tempinho né? Eu sei, não estava sentindo nenhuma vontade de escrever. Estou agora? Não. Mas não queria apenas largar de mão, e ir fazer as coisas que faço no automático. 

O que tem acontecido por aqui, do outro lado da tela? Nada. Perdi o emprego, até aí vocês ja sabem, ainda não consegui nada. Chorosa estou, magoada provavelmente. Não consigo fazer exercícios, não consigo muita coisa também. A rotina tem sido tudo muito automático, tudo muito massante, tudo muito robótico. 

Os dias passam de maneira tão rápida e bobo, que eu acho que pareço que estou em uma verdadeiro loopin. Não vejo muita graça na vida, parece que meu mundo parou de girar em algum momento. 

Nada me interessa muito. Estou me esforçando para manter minha - breve vida - social vida, para que eu não afunde meu barco totalmente. Foi difícil construir vínculos até aqui, se eu me esconder dentro da caverna jamais terei o que construí de volta. 

Tento me forçar a ter uma vida minimamente social com pelo menos uma amiga que gosto. Mas já começo a questionar certos pensamentos. Quando compro algo penso: pra que vou comprar isso? Se não vou usar todo dia? Pra que vou comprar se não saio, se não tenho vida. 

É esquisito em dizer que meu corpo está se despedindo? Como se estivesse em modo desperçao pois é, aparentemente é isso. Eu falei eu te amo pra minha amiga, do nada. 

E ela disse, eu também. E ficou olhando pra minha cara, tipo: Porque do nada no trem você me diz eu te amo? Tipo? No trem? 

Olhei pra ela e eu respondi, automático também, nunca se sabe quando pode ser a última vez. Ela fez uma carinha, e eu mudei de assunto e brinquei que eu poderia sei lá, cai da escada. Vai que “Mázaré” me empurre da escada. 

Parabéns lua deixe o clima uma bosta! 👌🏼

Mas logo contornei a situação, e ela ainda me disse que eu meio que estava em outro lugar. Com a cabeça em outro lugar. E eu disse que não era nada, e não era. 

Eu sou o nada. 

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