sábado, 22 de fevereiro de 2025

Flutuações

 


é 12h e alguma coisa da manhã, meu horário de dormir está todo confuso. É manhã é noite? Talvez tarde? Tanto faz. 

Me vejo dormindo no sofá podre da sala, meu quarto está um inferno devido o calor que tem feito nesse maldito país. Um calor que me faz querer me enfiar dentro daqueles freezers que guarda grandes pedaços de boi. 

Meu notebook e cadernos estão na mesma da cozinha, praticamente desde que começou as aulas. Se eu pensasse em estudar lá em cima, provavelmente eu nunca estudaria. 

1h40 eu me espreguiço no sofá, a Sabrina é minha companheira nessa madrugada calorenta. Está dormindo na borda do sofá. Estranhamente eu estou no sofá menor. Meus pés e panturrilha ficam pra fora. Mas acho mais confortável. 

Levanto. Afago a cabeça da minha fiel companheira, pego algo gelado pra beber provavelmente água. E ligo o notebook. Já está na página da faculdade, aonde eu parei. E volto a estudar. As palavras vão se deliciando do meu cérebro. Incrivelmente eu estou imersa sobre o assunto ali falado. 

Quando é 4h30 minha mãe desce as escadas. Os pés dela fazem uma pisada muito forte, como um “ pah, pah” me incomoda um pouco. Ela não tem pisada suave. Ela me dá bom dia, e questiona o porquê não consegui dormir. Eu? Dou de ombros. 

“ Ué tem sido assim nas últimas semanas, mas tenho aproveitado pra estudar e ler. ” 

Ela olha e só comenta que percebeu que eu estou fazendo isso mesmo. Mas que estou com aparência de cansada. Ela faz café e uma tapioca com ovo. 

Já faz 2 semanas que esse é meu café da manhã. Achei gostoso. Não tenho comido de madrugada como antes. Eu comi leite condensado. Isso admito que comi. Mas do jeito que eu estava não. Inclusive senti sim uma diferença. 

A verdade é que eu tenho que melhorar muito mais. Mas a tristeza tem sido uma grande inimiga. Abatida eu estou, e em uma grande trincheira de guerra eu me aloquei. 


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